domingo, 19 de agosto de 2012

Ipês de uma rua desabrigada

Queria celebrar as flores
Cumuladas de ternura forrando o chão.
Abriram-se as pedras nos confins marrons
Para derramarem pequenos sóis
No caminho das mãos.
Passai pelas complacências do meio.
Do retorno do que não há.
Um pouco de terra e ar do ontem que invade
A infinitude de saber-se finito e odiar essa verdade.

Texto e Foto By Tere Tavares

2 comentários:

AC disse...

Uma verdade incómoda, mas uma verdade necessária. É a consciência desse facto que nos faz demorar, mais que nunca, na beleza dos ipês.

Beijo :)

Salete Cardozo Cochinsky disse...

Querida Tere
Tão bem expressada essa idéia.
Valeu!
Beijos