a angustia de não me ter
desliza aos meus pés
vazio & fastio
espiam
no revés
rasa
bambu na tempestade
beijo o chão umedecido
arrancando do próprio sangue um motivo
cresce uma flor de milagre
surpreendo-me
cada lágrima é agora
uma alquímica rosa
exposta em minha sala
5 comentários:
Querida Tere
E assim sempre terás o que num momento parace fugaz.
O milagre de construir-se a partir de lugares tantos.
Bela poesia.
Beijos
Salete
Lindo!!!
abraço
Terê, estes seus versos são pura fineza, gosto muito disso.
Beijos
Sabemos pouco demais
De um punhal que leva a gente
Ao aço de outros punhais,
Pouco do rio, do mar,
Das galerias do ar,
Da emboscada de um jaguar,
Dos segredos da serpente.
Como homenagem coloco lado a lado, um excerto de outro poeta maior: Paulo Mendes Camps, o poeta dos poetas.
Que termina:
Qué antorcha iluminará
Los caminos en la Tierra?
Melhor comentário não poderia haver.
Meus parabéns, como sempre. Felicidades e muitas, e sempre.
Palavras aromáticas em versos que sabem ser todos os nossos outros.
1 Bj*
Luísa
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